domingo, 10 de abril de 2011

Você está na nuvem, ainda que não saiba como ou por que

Embora a expressão computação na nuvem, do inglês "cloud computing", seja desconhecida de boa parte dos internautas, quase todos estão "nas nuvens" há muito tempo. E-mails, sites de bancos, de compartilhamento de imagens e de relacionamento são exemplos cotidianos. O conceito, quase tão antigo quanto a internet, refere-se ao armazenamento de dados na esfera virtual, a tal "nuvem".

O pacote de aplicativos Google Docs é um dos exemplos mais populares. É semelhante ao Microsoft Office, com editores de texto, planilhas e slides, mas é totalmente virtual. "Além de não precisar ser instalado e de ter atualização automática, permite que várias pessoas tenham acesso simultâneo ao documento produzido, podendo produzi-lo em conjunto a partir de computadores individuais", diz. Para acessar, basta ter conta no Gmail.

Investimentos em computação em nuvem serão prioridade para 44% das empresas brasileiras neste ano, segundo estudo da Unisys. "A principal vantagem de migrar para essa tecnologia é a redução de custos com hardware e software, pois não há necessidade de estrutura física e equipamentos pesados", diz o professor de gestão e tecnologia da informação da Uni-BH, Otaviano Silvério. Segundo ele, a expectativa é que, até 2012, apenas 20% das empresas não utilizarão a nuvem.

Ainda há certa resistência por questões de segurança e risco à privacidade, especialmente no mundo corporativo. "Os executivos ainda têm resistência em centralizar informações onde não têm acesso físico, mas, ao poucos, estão começando a entender como a tecnologia funciona", diz um dos diretores da Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação (Assespro-MG), Daniel Ayub. A privacidade pode ser assegurada com a nuvem privada.

Virtualização


E-mails, bancos, fotos e redes sociais são exemplos de "cloud computing"


Terminais podem até substituir computadores
Trocar os computadores tradicionais por terminais de virtualização é um bom negócio para quem adota computação em nuvem. Os dispositivos custam a partir de R$ 400. "Enquanto a CPU consome 250 kwh, o equipamento não passa de 5 kwh. A economia de energia elétrica é de 95%", compara um dos diretores da Assespro, Daniel Ayub.

Mas uma desvantagem do sistema é a obrigatoriedade de estar sempre conectado. E, embora não exija equipamentos potentes, a conexão deve ser de banda larga, para otimizar os resultados. "Se a conexão falha, o usuário não consegue acessar seus arquivos", diz outro diretor da Assespro, Amandio Aguiar. Mas há exceções. Segundo Aguiar, alguns programas, como o Gmail, permitem o acesso offline, sincronizando os dados e atualizações apenas com o restabelecimento da conexão.

Fonte: www.otempo.com.br